segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Filme - Water Lilies

A adolescência aqui é um material de vivência dos desejos geniosos, das disposições de resolução ingênuas, das descobertas e ritos do desejo.

A ausência de figuras adultas no filme cria um cenário que  mescla a negligência, a distração e a vontade de esconder própria da adolescência. É como se as meninas estivessem entregues à própria sorte.


Quero destacar uma cena do filme que noto na visão de vanguarda do cinema frances: A vontade de saber o gosto do outro, tomando para si aquilo que é lixo deste nos remota a nossa própria trajetória de como lidamos um dia com o imperativo de se relacionar com um outro num nível até então desconhecido: no nível do corpo.

E se deparar com o NÃO saber da recipocidade nesse nível é devastador. Marca-nos com o vácuo da indiferença - expressão máxima da ausência de amor.

O amor não tem espaço em Lilies Water. O uso do outro como objeto sim. Torna-se importante para conhecê-lo as indiretas e diretas.

O mais gostoso do filme é esse convencional e não convencional.Sem dúvida um enredo com muita arte.

Veja com olhos carinhos e atentos.

http://www.youtube.com/watch?v=4S9azoVd9es

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